

Conheça Itacaré
Aqui você vai encontrar dados e informações que permitem conhecer mais a nossa cidade e são importantes ferramentas para qualificar as políticas públicas locais.


História
Por volta do ano 1.000, a região onde hoje se situa Itacaré foi invadida pelos tupis, que expulsaram os antigos habitantes, falantes de línguas do tronco linguístico macro-jê, para o interior do continente. No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região, ela estava ocupada pela etnia tupi dos tupiniquins.
Em 1720, o jesuíta Luis da Grã ergueu uma capela sob a invocação de São Miguel, batizando a população com o nome de São Miguel da Barra do Rio de Contas. Em 1732, o povoado se torna município. E o nome Itacaré surge em 1931.

Os principais monumentos históricos de Itacaré são a Casa dos Jesuítas e a Igreja Matriz (1723), primeiro bem oficialmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Ambiental e Cultural da Bahia (IPAC). Com 300 anos, a igreja de Itacaré, cujo padroeiro é São Miguel Arcanjo, dispõe de oratório rococó, com imagens de São Miguel, São Sebastião, Santo Antônio e Senhor dos Passos. Em alvenaria mista, a edificação tem capela-mor com sacristia, andar superior com coro, galeria e sala do consistório.
Durante o período de colonização, os indígenas (gueréns e tupiniquins) atacavam constantemente moradores e jesuítas. Por isso, os padres decidiram construir um túnel ligando a Igreja e a Casa dos Jesuítas, por onde fugiam das perseguições, embrenhando-se pelas matas.
Itacaré tem algumas características e eventos históricos que fizeram daqui um lugar especial e com alto grau de preservação:
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formação geológica única no Nordeste brasileiro, com uma faixa costeira dotada de solo fértil e falésias rochosas, e por isso a Mata Atlântica avança até o mar.
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a cultura agrícola predominante foi o cacau em sistema de cabruca (um sistema ecológico de cultivo agroflorestal), que precisa da sombra da Mata Atlântica para ser plantado, ao contrário da cana-de-açúcar e do café, em que seria necessário devastar toda a mata.
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o município cresceu muito entre 1890 e 1940 graças ao cacau. Mas, nos anos 1940, o porto da cidade assoreou e o lugar ficou isolado, visto que as estradas eram muito ruins. Esse isolamento dificultou o crescimento até a construção da Estrada Parque da Serra Ilhéus-Itacaré em 1998, a primeira estrada realmente ecológica do país.
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antes da Estrada, em 1993, o governo estadual criou a Área de Proteção Ambiental Costa de Itacaré - Serra Grande, definindo regras que estimularam o desenvolvimento de Itacaré como destino de ecoturismo
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outro momento importante foi a construção da ponte sobre o Rio de Contas. Com isso, a antiga balsa foi desativada e o acesso norte pela rodovia BA-001 integrou a cidade de forma mais intensa à Península de Maraú e encurtou a distância à capital estadual através do ferry-boat de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica.