AfroDigital abre inscrições para doação de computadores
- Márcio Leal

- 25 de ago.
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Entidades representativas de comunidades quilombolas, povos de terreiro, grupos de capoeira, blocos afro e demais expressões culturais que compõem a riqueza da herança africana no Brasil já podem se inscrever no programa AfroDigital. A iniciativa do governo federal permite a doação de computadores recondicionados para uso em ações de inclusão digital.
O objetivo é promover inclusão tecnológica conectada à ancestralidade, fortalecendo a produção cultural e a preservação da memória coletiva, com a entrega de equipamentos, mapeamento do acesso à internet em territórios periféricos, quilombolas e tradicionais e ações de formação digital.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, explica que, com o programa, "é possível receber equipamentos para que a nossa juventude, para as pessoas de melhores idades possam se conectar no mundo, falando da nossa experiência de fazer cultura e fazer comunicação".
Para se cadastrar, as organizações precisam ter CNPJ ativo e preencher o formulário. Nele, é necessário apresentar um breve histórico de atuação, quais usos serão dados aos computadores, se já existe estrutura adequada para eles, se há necessidade de receber formações, entre outras.
Segundo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a inclusão digital precisa ser uma ferramenta de protagonismo, emancipação e fortalecimento comunitário. "Queremos conectividade em todos os terreiros, quilombos e territórios culturais do Brasil, para que as pessoas estudem, trabalhem, expressem sua identidade e contem as histórias que sempre tentaram nos negar".
"Sabemos que a exclusão digital atinge principalmente as comunidades e territórios mais marginalizados: população negra, quilombola, indígena, periférica, rural; jovens, mulheres, comunidades de terreiro e pessoas com deficiência. Essa realidade é fruto de uma história de desigualdade, mas estamos somando forças para mudar esse cenário", completa Margareth.




Esses computadores chegaram em boa hora para comunidade quilombolas de são Félix em Minaçu Goiás.