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Foto do escritorMárcio Leal

Aldir Blanc já tem regras para ações afirmativas e acessibilidade em projetos culturais



No dia 29 de dezembro, o Ministério da Cultura (MinC) publicou a Instrução Normativa nº 10/2023, que dispõe sobre regras e os procedimentos para implementação das ações afirmativas e medidas de acessibilidade na Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).


A medida beneficia mulheres, pessoas negras, povos indígenas, comunidades tradicionais, população LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, pessoas idosas, pessoas em situação de rua, e outros grupos vulnerabilizados socialmente.


Segundo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a ação simboliza o que foi priorizado durante o ano: a reparação histórica a trabalhadores e trabalhadoras da cultura em suas especificidades. “Com isso a gente garante que os recursos da PNAB serão acessados por quem faz a nossa cultura tão diversa.”


Os mecanismos de estímulo à participação dessas populações serão implementados por meio de políticas de cotas, bonificações ou critérios diferenciados de pontuação, realização de ações formativas para especializar e profissionalizar agentes culturais pertencentes aos referidos grupos, políticas de acessibilidade, entre outros.


Com relação à política de cotas, ficam reservadas 25% das vagas para pessoas negras (pretas ou pardas); 10% para pessoas indígenas; e 5% para pessoas com deficiência. O percentual pode ser ampliado considerando legislações locais mais benéficas ao público-alvo da ação afirmativa e o quantitativo de pessoas negras, indígenas, e pessoas com deficiência na região.


Os critérios diferenciados de pontuação têm o objetivo de valorizar e induzir propostas que contemplem ou tenham associação às políticas afirmativas, podendo ser aplicados a pessoas físicas, pessoas jurídicas ou grupos e coletivos sem constituição jurídica.


A Instrução Normativa também traz medidas sobre desconcentração territorial e regionalização dos recursos, para que sejam implantado 20% em ações de incentivo direto a programas, projetos e ações de democratização do acesso à fruição e à produção artística e cultural em áreas periféricas, urbanas e rurais, e em territórios e regiões de maior vulnerabilidade econômica ou social, bem como em áreas de povos e comunidades tradicionais.

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