Curso gratuito orienta elaboração simplificada de projetos

Estão abertas, até 31 de janeiro, as inscrições para o curso "Elaboração de Projetos de Propostas Simplificadas" da Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (Escult). O objetivo é apoiar agentes culturais de todo o país a entender editais e outros tipos de chamadas públicas e a organizar suas ideias para torná-las projetos que possam concorrer a recursos.

Totalmente remota e gratuita, com carga horária de 60h, a formação aborda aspectos práticos desse processo, passando pela compreensão sobre o papel do Estado na produção simbólica e cultural, leis de incentivo e criação, entendimento e melhor formulação dos chamamentos públicos. Também vai aprender sobre os tipos de editais (área de abrangência, linguagem artística e diferentes objetos), onde encontrar essas oportunidades e como ler editais.

O curso ainda detalha sobre a estruturação e elaboração de projetos culturais simplificados, detalhando seus principais componentes: título, apresentação da proposta (objeto), justificativa, objetivo geral, objetivos específicos, metas, processos, resultados, estimativa de público, equipe técnica, cronograma, planilha financeira e plano de comunicação/divulgação.

Balanço

No ar há cinco meses, a Escult já registrou 20.129 inscritos para seus cursos. A plataforma online, parceria do Ministério da Cultura com o Instituto Federal de Goiás (IFG) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), oferece ações formativas e de qualificação para o mundo do trabalho na cultura.

Desde maio, foram lançados um curso de Formação Inicial e Continuada (FIC), três livres e uma especialização. O mais procurado é o curso de Produção Audiovisual, com 12.474 matriculados – o prazo vai até 10 de dezembro. Na sequência, vêm Acessibilidade Cultural com 3.276. E fotografia já totaliza 3.200 – a data limite é 9 de janeiro de 2025.

Já a Especialização em Política e Gestão Cultural registrou 1.179 inscritos - os candidatos ainda serão submetidos a seleção para, depois de aprovados, poderem se matricular. "Estes números refletem a grande demanda formativa e de qualificação profissional que há no campo cultural", analisa o coordenador-geral de Políticas para Trabalhadores da Cultura do Ministério, Rafael Fontes.

Para o pró-reitor de extensão do IFG, professor William Batista dos Santos, os cursos permitem que estudantes se conectem com tradições culturais e práticas contemporâneas, enquanto se preparam para um mercado de trabalho em evolução. "Eles são fundamentais para que mais pessoas, especialmente jovens e membros de comunidades que historicamente enfrentaram barreiras de acesso, possam entrar no setor cultural com mais preparo e perspectiva. Isso fortalece não só a carreira dos indivíduos, mas também contribui para a valorização da diversidade cultural e o estímulo à inovação no campo artístico."