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  • Foto do escritorMárcio Leal

Inova Cacau quer alavancar produção e fortalecer sustentabilidade



O Plano Inova Cacau 2030 vai acelerar o desenvolvimento do setor produtivo e consolidar o Brasil como origem de cacau sustentável, com conservação produtiva e condições dignas de vida e trabalho. Lançado em Ilhéus, em novembro do ano passado, ele une órgãos públicos, empresas e trabalhadores e trabalhadoras rurais e organizações da sociedade civil para impulsionar o o protagonismo do país.


"O Plano Inova Cacau 2030 reúne práticas e experiências com potencial para transformar o cenário do cacau brasileiro, possibilitando que o Brasil se torne referência mundial na produção sustentável do fruto. Os resultados impactarão na eficiência produtiva e na melhoria da qualidade de vida, de trabalho e de renda de milhares de famílias do nosso país", destaca o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.


A iniciativa foi desenvolvida pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) em parceria com o CocoaAction Brasil e traz como algumas metas:


  • Atingir produção anual de cacau de 400 mil toneladas

  • Ter 30% dos produtores organizados em associações ou cooperativas

  • Contemplar 30% dos produtores com assistência técnica

  • Ter, pelo menos, 30% de mulheres e jovens envolvidos na produção

  • Eliminar o trabalho análogo a escravo e trabalho infantil no cacau

  • Disponibilizar 30 milhões de sementes de cacau ou mudas por ano

  • Expandir o acesso a crédito a R$ 250 milhões/ano

  • Promover reflorestamento através de modelos sustentáveis, como o sistema agroflorestal


Um desdobramento do plano foi realizado pelo governo federal nessa quarta-feira (13/3), com o lançamento do Programa GCF Cacau Brasil Agrofloresta, que vai fortalecer a capacidade adaptativa para reduzir a vulnerabilidade climática dos ecossistemas nas comunidades cacaueiras nas regiões Transamazônica do Pará (Bioma Amazônia) e Sul da Bahia (Bioma Mata Atlântica). O foco é beneficiar 17,5 mil famílias diretamente e 372 mil famílias indiretamente.


“Não se trata apenas de plantar, colher, processar o cacau, vender e consumir os produtos, existe um complexo processo que envolve cada elo dessa cadeia. Estamos num momento importante para avançar na preparação de um ambiente favorável para o fortalecimento dos negócios que envolvem o cacau, pois colocamos o tema no centro de uma discussão que não é só nossa, mas de todo o Brasil”, explica o secretário adjunto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério, Pedro Neto.


Desmatamento


O MapBiomas Cacau lançou, em julho de 2023, a primeira versão do Mapeamento do Cultivo Sombreado de Cacau no Sul da Bahia, abrangendo 83 municípios da região. Realizado entre 2021 e 2023, o estudo buscou superar o desafio técnico de distinguir áreas de cultivo sombreado de cacau daquelas cobertas por vegetação nativa não manejada.


Os resultados indicam que aproximadamente 11% do território seja coberto por cultivo sombreado de cacau, com área total de 6 mil km2. Os municípios com maior área estimada do cultivo são Ilhéus, Belmonte, Una e Camacã. O levantamento aponta ainda uma estatística relevante: 43% da área mapeada encontra-se em propriedades inseridas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).


O relatório também traz análises de dados de desmatamento no mesmo território, para o período de 2019 a 2022, e conclui não haver uma tendência clara de crescimento ou de redução do desmatamento no período. Mas os municípios com maiores áreas de alertas foram Canavieiras, Santa Luzia, Belmonte, Itagibá e Camacan.

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