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Foto do escritorMárcio Leal

Maioria dos brasileiros defende fim dos combustíveis fósseis


Uma nova pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) reforçou que a ação contra as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos segue com amplo apoio da população brasileira. De acordo com a análise, 85% dos brasileiros apoiam medidas mais efetivas contra a crise climática, patamar superior à média de 80% de apoio observada em todo o mundo.


O levantamento faz parte da Peoples’ Climate Voice 2024, a maior pesquisa já realizada sobre a opinião da população global sobre a ação climática, realizada pelo PNUD em conjunto com a Universidade de Oxford (Reino Unido) e a GeoPol. A pesquisa ouviu mais de 73 mil pessoas em 77 países, que representam cerca de 87% da população global.


A ação climática segue com grande apoio entre quem nasceu no Brasil. De acordo com a pesquisa, 81% das pessoas entrevistadas no país defenderam uma transição rápida dos combustíveis fósseis para fontes renováveis de energia, com cerca de dois terços (61%) desejando uma mudança mais ligeira. O levantamento também indicou que 70% relataram ter vivenciado uma experiência climática extrema recentemente.


Mais da metade de brasileiros e brasileiras (60%) avaliaram como insuficientes as ações do poder público no país para enfrentar a crise climática. Além disso, 93% defendem a educação climática e a necessidade da cooperação internacional para lidar com a crise.


Globalmente, o apoio à ação segue alto, mas com variações significativas de país a país. Nos Estados Unidos, onde o debate segue interditado por grupos negacionistas, 66% dos entrevistados defenderam um combate mais efetivo contra a mudança do clima. Já na Itália, o apoio é de 93%.


A pesquisa indicou que 72% das pessoas entrevistadas em todo o mundo se posicionaram a favor de uma transição rápida para o fim dos combustíveis fósseis. A ocorrência mais frequente e intensa de eventos extremos também é uma preocupação: 56% disseram que pensam regularmente nos impactos da crise climática, índice que chega a 63% entre aqueles que vivem nos países menos desenvolvidos.


"Este é um momento crítico nas estratégias climáticas domésticas internacionais, com eventos importantes como a COP29 [no Azerbaijão, em novembro] e a COP30 [no Brasil, em 2025] e um ano eleitoral no mundo", observou Achim Steiner, diretor do PNUD. "Pensamos que poderia ser um bom momento para ouvir o que as pessoas estão sentindo sobre o impacto da mudança climática em suas vidas."


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