TV Brasil abre chamada para investir R$ 110 mi no audiovisual
- Márcio Leal
- 19 de mar.
- 3 min de leitura

Produtoras de audiovisual de todo o país têm até 5 de maio para apresentar propostas na chamada pública Seleção TV Brasil. A parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Ministério da Cultura vai investir R$ 110 milhões.
A iniciativa tem o objetivo de fomentar a cadeia da economia criativa com a contratação de, no mínimo, 35 produções independentes de conteúdo audiovisual brasileiro para a grade de programação da TV Brasil e da Rede Nacional de Comunicação Pública, além do campo da comunicação educacional, comunitária e cultural.
"Toda a demarcação das linhas de fomento foi feita a partir das demandas de grade e de um cuidadoso estudo de design de audiência; tanto a seleção quanto o acompanhamento dos projetos serão realizados por profissionais da TV Brasil; desta forma, ao final desse processo, será possível garantir que o objetivo crucial das políticas de fomento audiovisual foi atingido, isto é, o encontro das obras com o seu público", explica a diretora de Conteúdo e Programação da EBC, Antonia Pellegrino.
O edital Seleção TV Brasil é estruturado em sete linhas temáticas: infantil, infanto-juvenil, natureza e meio ambiente, futebol feminino, sociedade e cultura, produção e finalização de longametragens e produção de novela. Cada uma oferece possibilidades específicas de formatos e limites de valor.
O processo seletivo se dará em três etapas subsequentes e eliminatórias: habilitação (checagem da documentação e do material enviados); avaliação preliminar (soma das notas atribuídas aos projetos); e avaliação final de investimento (sessão de pitching com os projetos finalistas de cada linha, avaliados pela comissão de seleção). Para um projeto chegar até a fase de avaliação final de investimento, ele precisará obter a nota mínima.
Serão selecionadas no mínimo 40% de propostas de obras audiovisuais apresentadas por proponentes sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste e, no mínimo, 20% de propostas apresentadas por proponentes sediados na região Sul ou nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. "Desta forma, a diversidade regional e cultural do país, incluindo periferias, favelas e demais territórios populares, fica garantida nos canais do campo público", afirma Antonia Pellegrino.
Linhas de produção
Infantil: serão aprovadas ao menos três séries de animação e/ou ficção, com 26 episódios de 7 a 13 min. Valor máximo por projeto de R$ 3,5 milhões.
Infanto-juvenil: serão aprovadas ao menos quatro séries de ficção, com 13 episódios de 26 min. Valor máximo por projeto de R$ 5 milhões.
Natureza e meio ambiente: serão aprovadas ao menos 10 séries documentais, com 8 a 13 episódios de 26 ou 52 min. Valor máximo por projeto de R$ 2 milhões.
Futebol feminino: serão aprovadas ao menos três obras de ficção ou documental, que podem ser um telefime de 70 min ou série com 6 a 13 episódios de 26 ou 52 min. Valor máximo por projeto de R$ 6 milhões para telefime ou série de ficção e de R$ 3 milhões para série documental.
Sociedade e cultura: serão aprovadas ao menos oito séries documentais ou de variedades, com 8, 13 ou 26 episódios de 26 ou 52 min. Valor máximo por projeto de R$ 2,5 milhões.
Produção e finalização de longametragens: serão aprovadas ao menos cinco filmes de ficção ou documentário. Valor máximo por projeto de R$ 2,5 milhões.
Produção de novela: será aprovada ao menos uma novela, com 30 a 60 episódios de 52 min. Valor máximo por projeto de R$ 15 milhões.
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