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Foto do escritorMárcio Leal

Brasil e Agência Internacional de Energia unem forças para acelerar transição energética



O governo federal e a Agência Internacional de Energia (IEA) assinaram, na quarta-feira (31/1), o Plano de Trabalho para a Aceleração da Transição Energética no Brasil. A entidade representa 30 países do mundo responsáveis por 80% do consumo mundial de energia.


Faith Birol, diretor-executivo da IEA, afirmou que o país está entrando em um período sem precedentes da história econômica e política nos próximos dois anos. Além da presidência do G20 neste ano, o país será sede da COP 30, em 2025.


"O tempo do Brasil chegou. O governo brasileiro está muito claro com o que está acontecendo. O Brasil tem que liderar os países emergentes na questão das energias renováveis. A transmissão de energia limpa no mundo não está acontecendo, mas o Brasil tem músculos e lideranças para conduzir um desenvolvimento justo e inclusivo."


Birol ainda destacou a importância do país na presidência do grupo das 20 maiores economias do planeta. "No G20, espero que o Brasil crie muitos mercados para isso. Temos muitos setores para descarbonizar, como o aéreo e o marítimo. O Brasil tem potencial também de minerais críticos, como o lítio e o cobalto, por exemplo."


O comando no G20 dará ao país a oportunidade de liderar as demais nações com o objetivo de avançar em uma transição energética equilibrada, incluindo as pessoas e ajudando na paz mundial, considera o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. "Daremos prioridade ao debate sobre os caminhos para acelerar essa transição energética justa, acessível e inclusiva e, se possível, obrigatória.”


O plano descreve as áreas prioritárias para cooperação na área da transição energética justa e inclusiva e propõe atividades, incluindo workshops virtuais e presenciais, diálogos técnicos, consultas, relatórios, sessões de formação e capacitação, entre outros.


“Nosso objetivo é gerar novas oportunidades para as pessoas e monetizar as iniciativas que contribuam para tornar a matriz energética do planeta mais limpa. As políticas públicas que estamos incrementando para acelerar a transição energética serão a mola propulsora da nova economia verde global”, explicou Silveira.


O ministro ressaltou os dois principais vetores da transição energética: a sustentabilidade, que engloba o combate aos efeitos climáticos e a salvaguarda do planeta, e o desenvolvimento econômico com frutos sociais, que trata da cadeia da nova economia, que é a economia verde.


“Vamos acelerar os mercados regionais e globais para os 'combustíveis do futuro' [hidrogênio e biocombustíveis], com foco na descarbonização da indústria, dos transportes e da mobilidade urbana. Nós lançamos no ano passado a mais inovadora e funcional política de valoração econômica dos biocombustíveis. Teremos SAF, diesel verde, etanol de segunda geração”, afirmou.


Alexandre Silveira também declarou que o Brasil vai cooperar com os outros países, principalmente do Sul Global, no combate à pobreza energética. “Com a nossa experiência, podemos ajudar as demais nações, para além da questão da transição energética, no combate à pobreza energética, se espelhando no nosso Luz para Todos. Estamos junto com a nossa EPE – Empresa de Pesquisa Energética – colaborando com países que ainda enfrentam números preocupantes de famílias sem energia.”

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