Edital vai selecionar 200 entidades com projetos de até R$ 100 mil
- Márcio Leal
- 1 de nov. de 2024
- 5 min de leitura

Estão abertas. até 16 de dezembro, as inscrições de projetos no edital Teia da Sociobiodiversidade. A parceria entre o Fundo Casa Socioambiental e o Fundo Socioambiental Caixa vai selecionar 200 organizações da sociedade civil (OSCs) em todo o país que representem comunidades locais ou tradicionais, rurais ou urbanas, que desenvolvam atividades de baixo impacto ao meio ambiente e que estejam conectadas com as duas linhas temáticas da chamada.
Para se inscrever, as OSCs, além de representarem povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores e pescadoras artesanais, marisqueiras, caiçaras, extrativistas, agricultores familiares, comunidades periféricas urbanas, entre outras comunidades tradicionais, devem ter tido orçamento anual em 2023 inferior a R$ 500 mil e estar devidamente formalizada e com a documentação em dia.
Serão priorizadas aquelas que trabalhem coletivamente em redes, fóruns, consórcios e alianças, que tenham participação de jovens e que levem em consideração a equidade de gênero.
A linha "Fortalecimento de Negócios da Sociobiodiversidade" se destina às atividades econômicas que valorizam a diversidade biológica e cultural de regiões específicas. Ela prevê três eixos:
Eixo 1 – Estruturação e/ou melhorias na estruturação e produção agroecológica/SAFs: infraestruturas para pequenas fábricas para beneficiamento de frutas, sementes, óleos, farinhas, casas comunitárias de farinha etc.; Plantio comunitário e ações voltadas para agricultura familiar e camponesa que potencializam a agroecologia e a segurança alimentar; implantação ou melhorias em viveiros coletivos; manejo e beneficiamento de frutos da floresta; assessoria técnica para produção e beneficiamento; aquisição de máquinas poupadoras de mão de obra e/ou aquisição de EPIs; insumos para implantação de sistemas agroflorestais e hortas coletivas; insumos para técnicas agroecológicas de uso do solo e controle de insetos (minhocultura, adubo orgânico, homeopatia da terra, roça sem fogo, descontaminação do solo); entre outras.
Eixo 2 – Estruturação e/ou melhorias da infraestrutura de negócios da sociobiodiversidade que promovam a valorização da floresta em pé e manutenção de todos os biomas brasileiros: fomento à pesca artesanal; criação de animais de pequeno porte (galinhas, suínos etc.); fomento à atividade de Ecoturismo e/ou Turismo de Base Comunitária; produção de biojoias e artesanatos; fortalecimento da culinária local; criação de abelhas e produção de mel; entre outras.
Eixo 3 – Estruturação e/ou melhorias na comercialização dos produtos de negócios comunitários, iniciativas para fortalecer atividades locais sustentáveis e que promovam a valorização da floresta e dos biomas, assim como iniciativas para regeneração econômica, desenvolvidas a partir de negócios da sociobiodiversidade: ações que promovam e/ou fomentem a autonomia econômica e movimentem renda no bairro ou comunidade; apoio à comercialização da produção em feiras, identidade visual do produto, realização de eventos de comercialização; desenvolvimento de tecnologias que fomentem a comercialização e a conexão campo–cidade; apoio à logística para escoamento da produção; apoio à contratação de assessoria técnica (máximo 20% do valor total do projeto); entre outras.
Já a linha "Projetos com Soluções Baseadas na Natureza" recebe propostas para enfrentar os desafios socioambientais locais, com soluções inspiradas nas dinâmicas e estruturas culturais e da biodiversidade local. Nessa, são cinco eixos de atuação:
Eixo 1 – Projetos com soluções baseadas na natureza para a gestão, acesso à conservação da água e saneamento dos territórios: restauração de áreas úmidas para tratamento de águas residuais; restauração de ecossistemas aquáticos, como rios e lagos (pode incluir o plantio de espécies nativas nas margens e/ou a criação de meandros que diminuam a velocidade da água e ajudem a prevenir inundações); entre outros.
Eixo 2 – Projetos com soluções baseadas na natureza para a conservação da biodiversidade e preservação de modos tradicionais e culturais de vida das comunidades: combinar culturas agrícolas e vegetação significativa na mesma parcela para melhorar a segurança alimentar e manter o equilíbrio ecológico; resgate e aplicação de conhecimentos ancestrais na gestão dos recursos naturais e na produção, ou na criação de sistemas agroflorestais com espécies autóctones; entre outros.
Eixo 3 – Projetos com soluções baseadas na natureza para a adaptação e resiliência às alterações climáticas das comunidades e ambientes naturais: implementação de sistemas de captação de água, construção de reservatórios, instalação de reservatórios de água, criação de zonas de infiltração para recarga de aquíferos e também distribuição através de canais e terraços; criação de parques urbanos e terraços verdes para proporcionar melhoria da qualidade do ar, redução da temperatura urbana e promoção da biodiversidade; concepção e construção de jardins de chuva, áreas verdes e corredores que auxiliam na retenção de água e na redução da velocidade do fluxo; implantação de canais de drenagem pluvial por meio de limpeza ou outros mecanismos que reduzam o risco de inundações e decomposição orgânica; projetos de plantações resistentes à seca, plantação de árvores perto de corpos de água para melhorar a infiltração da água, substituição de espécies invasoras por espécies nativas para melhorar a biodiversidade e a qualidade do solo; entre outros.
Eixo 4 – Projetos com soluções baseadas na natureza com uma abordagem de sustentabilidade socioambiental para o desenvolvimento de comunidades: implantação de hortas familiares e comunitárias que proporcionem segurança alimentar; promoção de práticas agroecológicas, como agricultura de regeneração, gestão integrada de pragas e diversificação de culturas; sistemas de policultura que combinam diferentes culturas na mesma parcela para melhorar a produtividade e resiliência dos sistemas de produção; promoção do turismo sustentável, atividades como turismo de natureza, observação de aves, criação de trilhas e rotas para observação da fauna e da flora silvestres, práticas de turismo sustentável que minimizem o impacto no meio ambiente e promovam a conservação da biodiversidade da natureza e gerem renda para as comunidades locais; projetos de turismo cultural, agroturismo, turismo de aventura e ecoturismo comunitário; iniciativas que visam à separação de resíduos sólidos para reaproveitamento e reciclagem, que geram oportunidades de negócios e reduzem a poluição; entre outros.
Eixo 5 – Projetos com soluções baseadas na natureza, com foco na restauração e conservação de ecossistemas, manejo sustentável de fauna e flora: proteção e restauração de habitats naturais, e/ou implementação de práticas de gestão da vida selvagem e promoção da conservação de espécies ameaçadas; restauração e conservação de ecossistemas naturais, áreas úmidas, pântanos e florestas que sofreram alterações devido a eventos climáticos/naturais extremos, tais como enchentes, secas, geadas etc.; projetos de conservação que podem incluir o desenho e criação de áreas protegidas ou restrições de áreas do seu território, corredores ecológicos, mosaicos de unidades de conservação e outros; restauração de ecossistemas degradados, florestas, zonas úmidas ou áreas de fontes de água, através de técnicas de restauração ecológica e da promoção da regeneração natural; manejo de recursos florestais não madeireiros, obtidos de plantas e animais florestais, incluindo frutas, nozes, mel, plantas medicinais, óleos essenciais, fibras naturais; entre outros.
Entre as despesas que podem ser financiadas pelo edital, estão: bens móveis; consultoria para estudos e projetos; capacitação; compra de equipamentos e máquinas poupadoras de mão de obra; pagamento a pessoal contratado por prazo determinado; demais itens considerados essenciais para a consecução dos objetivos propostos pelo projeto; e despesas administrativas (aluguel de salas, contas de telefone, contas de água, contas de energia, entre outras) limitadas a 15% do valor do projeto.
As ações devem fortalecer as lideranças e comunidades tradicionais, valorizando atividades que já desenvolvem, apoiadas em suas práticas e conhecimentos ancestrais. A Teia da Sociobiodiversidade pretende criar uma grande rede, permitindo intercâmbios e a geração de novos projetos, incentivando que as ideias e soluções possam ser replicadas por outros coletivos, no Brasil e no mundo.
Sou jucidalva Lima de Cerqueira Silva presidente da associação somos da agqutura família trabalhamos com alimentos i precisamos muito di ajuda ficamos muito felis se nossa associação for contemplada
Sou da associação de moradores Quilombolas de condurus município de vc Cururupu -ma , gostaríamos muito de participar, vamos salvar nosso meio ambiente.
Sou Maria oenice de Oliveira Xavier sou presidente da associação dos pequenos produtos rurais do assentamento Paranoá município de paragominas Pará. Gostaria muito de ser contemplada com esse recurso pois nosso assentamento precisa de muito apoio principalmente pra trabalhar na nossa agricultura familiar sem causa dano ao meio ambiente esse são nossos maiores sonhos de pôde plantar e colher produtos de qualidade pra termos uma vida saudável e colocar também na mesa do nosso irmão alimentação saudável
Sou representante de uma comunidade quilombola, a comunidade está precisando muito de ajuda para podemos trabalhar na terra mais nós faltar recursos financeiros
pois a prefeitura da cidade não nos ajuda
até hoje nem um compo agrícola conseguimos.
Moro num assentamento e estamos assumindo a direção temos um açude uma área de preservação gostaria muito de preservar esta área e fazer uma arborização frutíferas em torno da área de preservação porém não temos recursos nem uma assistência técnica.