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Foto do escritorMárcio Leal

Microsoft compra 3 milhões de créditos de carbono no Brasil



A empresa de restauração florestal Re.green anunciou que a Microsoft é a primeira cliente de seus créditos de carbono. A empresa vai comprar 3 milhões de toneladas ao longo de 15 anos. O valor da transação não foi divulgado.


É a segunda aquisição desse novo tipo de crédito que a companhia faz no país. Em dezembro, a Microsoft havia se comprometido a comprar até 1,5 milhão de créditos da Mombak, outra startup de reflorestamento brasileira.


Re.green e Mombak vendem remoção de carbono da atmosfera por meio do plantio de árvores. Hoje, a maior parte dos projetos brasileiros que geram esse tipo de ativo se dedica a evitar o desmatamento, também conhecido pela sigla REDD+.


Em dois anos de operação, a Re.green adquiriu 26 mil hectares, divididos entre cinco propriedades: três na Bahia (no sul do estado), uma no Pará e uma no Maranhão. Metade desse total corresponde a áreas restauráveis.


Os créditos vendidos para a Microsoft serão gerados em cerca de 16 mil hectares. A Re.green já iniciou o trabalho em 9 mil deles e o restante virá de áreas a serem adquiridas.


Há um mês, a Re.green sofreu revés no processo que vai permitir a emissão dos seus créditos. A Verra, entidade que faz a certificação dos projetos, apontou problemas na documentação apresentada. Segundo a empresa, a correção solicitada já foi submetida, mas a certificadora só irá avaliar após a abertura do prazo, em 23 de maio.


A startup foi idealizada pelo economista Bernardo Strassburg e teve o aporte inicial de quatro investidores tradicionais: a Lanx Capital, de Marcelo Medeiros e Marcelo Barbará, o BW, family office dos Moreira Salles, a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, e a Dynamo. E, no final de 2022, também recebeu injeção de recursos de Guilherme Leal, do Grupo Natura, trazendo para a empresa o presidente do conselho do Instituto Arapyaú, Roberto Waack.


Microsoft


A empresa estadunidense de software tem um dos planos de descarbonização mais ambiciosos do mundo. Sua meta declarada é atingir um balanço negativo de gases de efeito estufa em 2030. Até 2050, pretende neutralizar todo o carbono emitido desde sua fundação, em 1975.


Além das chamadas soluções baseadas na natureza, como o plantio de árvores, a companhia é uma das mais atuantes no nascente mercado de remoção de CO2 por instalações tecnológicas. Recentemente, anunciou a compra de 3,3 milhões de créditos da empresa sueca Stockholm Exergi, que vai construir um sistema de captura de carbono em suas usinas geradoras de eletricidade.


No ano passado, a Microsoft fechou a compra de 10 mil toneladas da suíça Climeworks, que desenvolve um sistema para sugar o CO2 diretamente do ar. Cada crédito corresponde a uma tonelada de carbono retirada do ar ou cujo lançamento foi evitado.


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