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Museu de Salvador receberá 750 obras repatriadas de artistas negros


Cerca de 750 peças de dezenas de artistas da Bahia, Ceará e Pernambuco serão repatriadas pelo Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), que fica em Salvador, próximo ao Elevador Lacerda. As obras serão recebidas a partir de 2025.


Elas serão doadas pela historiadora de arte Marion Jackson e pela artista plástica Barbara Cervenka, colecionadoras estadunidenses que adquiriram legalmente as obras do acervo, desde 1992, em visitas periódicas à Bahia, apresentando-as em exposições.


Uma equipe do Muncab vai aos Estados Unidos para estudar a melhor logística para o traslado do acervo, em sua maioria composto por artistas negros em diálogo com a cultura afrobrasileira. Os materiais datam da década de 1960 até o início dos anos 2000 e incluem pinturas, esculturas, trajes, arte sacra e ritualização do sagrado.


Além de expor, a intenção da direção do museu é também emprestar parte do material repatriado para instituições no Brasil e no mundo, para que possa ser divulgado e estudado.


Muncab


O museu dá ênfase à valorização de aspectos da cultura de matriz africana, destacando a sua influência sobre a cultura brasileira. No espaço, visitantes têm contato com trabalhos que falam sobre a história da identidade, culinária e resistência negra, dos quilombos e revoltas. Parte do material também pode ser acessado no acervo digital.


Além de reunir documentação histórico-cultural afrobrasileira, o Muncab promove intercâmbios com países e culturas africanas, sobretudo de onde vieram os maiores contingentes de negros escravos, como Angola, Moçambique e Guiné.


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