Participação social é destaque na elaboração do Plano Nacional da Defesa Civil
- Márcio Leal
- 11 de dez. de 2024
- 2 min de leitura

Previsto para ser lançado em breve pelo governo federal, a elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil contou com a participação decisiva de representantes da sociedade civil em todas as suas etapas. Principal instrumento norteador da gestão de riscos e de desastres do país, o documento envolveu ainda diversas instituições federais e estaduais, órgãos municipais de defesa civil e empresas.
"Esse é o primeiro passo para a construção de um caminho de maior inclusão das comunidades e representantes da sociedade civil na luta pela cultura de prevenção no Brasil. Temos uma longa jornada pela frente, mas o primeiro avanço foi dado”, afirmou o assessor nacional da organização Cáritas Brasileira, Lucas D'Avila.
A gestão de riscos de desastres é um processo composto por ações que passam por cinco etapas fundamentais: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Até o momento, já estão definidos os princípios, diretrizes, objetivos e metas do Plano Nacional.
"A participação da sociedade civil no plano funciona como um elo entre as defesas civis, que são mais técnicas, com equipes preparadas para o mapeamento de áreas de risco, rotas de fuga e treinamentos de resgate, e as comunidades, que vivenciam os desastres e não estão preparadas para essas situações. Por outro lado, essas comunidades têm os conhecimentos locais que devem ser valorizados na resposta aos riscos", completa D'Avila.
Para o secretário nacional de Proteção de Defesa Civil, Wolnei Wolff, o objetivo do plano é refletir as necessidades e realidades locais. "Tudo foi feito de forma colaborativa, incorporando contribuições de todos os envolvidos, o que tornou o plano mais robusto e alinhado com a realidade brasileira. A abordagem participativa foi crucial para o plano. Garantiu que não fosse só uma diretriz governamental, mas uma ferramenta útil e eficaz. Foi construído com o conhecimento e experiência dos que enfrentam desastres na linha de frente."
O diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Piauí, Werton Costa, destaca a importância do Plano Nacional e sua relação com as ações estaduais e municipais. "Temos uma dívida histórica com a população mais vulnerável, essas pessoas são as maiores vítimas das mudanças climáticas e dos desastres. Portanto, o plano não é um documento para ficar dentro da gaveta, ele é um guia para todas as defesas civis."
Comments