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Foto do escritorMárcio Leal

Desmatamento na Mata Atlântica cai 26% em 2023


A Mata Atlântica apresentou a menor taxa de desmatamento desde o início da série histórica, em 2001. Dados do sistema Prodes, do governo federal, apontam que a área atingida entre agosto de 2022 a julho de 2023 foi de 765 km².


"Esta queda veio após anos de crescimento acelerado: em 2020, foram desmatados 790 km² e, no ano seguinte, 927 km². Passamos da casa dos 1.000 km² em 2022 e agora tivemos uma queda de quase 26%. É um feito enorme neste bioma, que é um dos mais ameaçados do país", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.


Três quartos do desmatamento registrado no período estão concentrados em cinco estados: Minas Gerais (22,8%), Bahia (21,9%), Rio Grande do Sul (11%), Santa Catarina (10,6%) e Paraná (10,3%). As cidades com maior área desmatada foram, na ordem, São Francisco de Paula (RS), Bom Jesus (RS), Ibicuí (BA), Vacaria (RS) e Itapetinga (BA).


"Falar de desmatamento zero na Mata Atlântica já está defasado. Precisamos é falar de recuperar 30% do bioma, no mínimo", defendeu o secretário nacional de Controle do Desmatamento do Ministério, André Lima.


O bioma se estende pela costa do país, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Além das florestas nativas, reúne também manguezais, vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste.


De acordo com o governo federal, 71,6% da vegetação nativa do bioma foi desmatada em razão da exploração durante os ciclos econômicos da história do país, com construção de rodovias e ferrovias, avanço da pecuária e da expansão urbana, entre outros fatores. Cerca de 70% da população brasileira vive hoje na Mata Atlântica.

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