top of page
Foto do escritorMárcio Leal

Estudantes do ensino médio terão bolsa de pesquisa para pesca



O governo federal, em parceria com institutos de pesquisa de 12 estados, lançou nessa sexta-feira (3/5) o programa Jovem Cientista da Pesca Artesanal. Por meio dele, serão incentivados projetos em escolas do ensino médio para desenvolver o conhecimento científico e tecnológico em temas ligados às realidades das comunidades pesqueiras artesanais, a partir das diversas áreas do conhecimento.


Cerca de 1.000 jovens receberão bolsas de iniciação científica no valor de R$ 300. Eles devem atuar em propostas orientadas por docentes, que ainda terão aporte de até R$ 5 mil do governo federal e, ao menos, o mesmo valor da Fundação de Amparo à Pesquisa envolvida. Ao todo, o governo federal irá investir cerca de R$ 4 milhões.


O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, destacou a relevância da ação para tratar das questões sociais. "Programas como este estimulam jovens a não praticarem a pesca predatória. Precisamos da ciência."


Tiffany Assunção, 15 anos, aluna do 1º ano do Ensino Médio da Escola do Mar, em Luís Correia (PI), é filha e neta de pescadores e comemorou a iniciativa. "Existem pessoas que têm interesse em trabalhar e também estudar novas áreas na pesca. É uma oportunidade."


Também filha de pescador, a também aluna da Escola do Mar, Emilly Camilly Soares, 15 anos, destaca os possíveis resultados do Programa. "É uma iniciativa importante de manutenção dessa tradição que passa de geração para geração. Oferece oportunidade de explorar conhecimentos para a perpetuação da nossa tradição da pesca artesanal."


Como funcionará


Os editais serão lançados pelas instituições do programa até junho, para que as bolsas já sejam implantadas em agosto. Foram convidadas Fundações de Amparo à Pesquisa de todo o país e 12 se integraram ao programa:


  1. Acre - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (FAPAC)

  2. Alagoas - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL)

  3. Amazonas - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM)

  4. Bahia - Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (FAPESB)

  5. Ceará - Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP)

  6. Goiás - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG)

  7. Pará - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA)

  8. Paraíba - Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ)

  9. Pernambuco - Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE)

  10. Piauí - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI)

  11. Rondônia - Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (FAPERO)

  12. Sergipe - Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC)


As propostas de trabalho apresentadas pelos docentes devem solicitar quatro bolsas para alunas e alunos. Assim, além do Projeto Mãe, professoras e professores precisam encaminhar quatro planos de trabalho/pesquisa, um para cada bolsista, que devem ser diferentes entre si, com cada estudante atuando em ações específicas.


Jovens que serão indicados como bolsistas precisam ser filhas ou filhos de pescadoras(es) artesanais ou que já pescam de maneira artesanal, devendo ser considerado para isso o Registro Geral da Pesca (RGP).

25 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page